sábado, 26 de março de 2011

Mercúrio Retrógrado


Um planeta fica retrógrado quando aparentemente, olhando da Terra para o Sol, ele segue o movimento contrário ao do Sol. É um efeito visual apenas, pois nenhum planeta para de girar e torna a caminhar para o lado oposto. Mas os efeitos disso são facilmente sentidos em nós.
Quando alguém nasce com um planeta retrógrado, a energia daquele planeta tende a ficar mais contida, é um pouco mais difícil expressar suas características, especialmente dependendo do signo em que está. Pode haver uma necessidade de repetição daqueles assuntos para um melhor aprendizado, uma maior lentidão ou até uma dificuldade.
No caso de Mercúrio, quando alguém nasce com ele, certamente precisará repetir mais vezes o que fala e ler ou ouvir mais vezes para aprender. Mas são excelentes revisores, sua memória tende a ser boa e quando fixa alguma coisa, fixado está.
Quando Mercúrio fica retrógrado no céu, todos nós sentimos seus efeitos. É um período em que os assuntos envolvendo comunicação, vendas e negócios podem ter mais dificuldade. As coisas podem parecer mais amarradas e o que vinha acontecendo pode mudar de direção.
O mesmo vale para tudo que é feito durante o período em que está retrógrado, quando fica novamente direto as coisas mudam de direção. Por isso não é um bom momento para negócios, compras e vendas, divulgações.
Pode haver problemas nas comunicações, nos emails, correspondências que atrasam, mensagens que não chegam. Podemos precisar repetir coisas e retomar assuntos que achávamos encerrados. Somos levados a repensar coisas, rever assuntos, fazer revisões. Por sinal, é um ótimo momento para isso. Rever coisas, retomar assuntos antigos, fazer o possível para resolver antigas pendências. Voltar atrás também é bem vindo nesta fase. Organizar rotina, reler livros, olhar velhas fotos, resgatar antigos contatos. Tudo isso vale a pena e é a hora para isso mesmo.
É um tempinho que exige paciência, pois as coisas parecem mais lentas, em especial quando o assunto é troca, comunicação, negociação. Mas se usarmos essa energia em nosso favor, podemos rever o que precisa ser revisto, analisar bem os nossos planos, verificar os detalhes que faltam e acertar as pendências necessárias para que tudo possa fluir.
Se fizermos isso, quando Mercúrio retomar seu curso direto, tudo fica mais fácil e podemos dar sequência a tudo aquilo que foi planejado.
Quem sente mais Mercúrio retrógrado são especialmente os geminianos e virginianos, regidos por este planeta, ou quem tem ascendente ou concentração de planetas nesses signos e aqueles que tem Mercúrio forte no mapa. Para esses essa fase tende a ser mais perceptível e a necessidade de paciência aumenta bastante. Mas é a oportunidade de olharem para dentro, repensarem hábitos, costumes, ações e comportamentos.
Rever idéias e opiniões e fazer uma necessária pausa para organizar os detalhes. Fazer um balanço, uma avaliação, diminuir temporariamente o ritmo, até para conseguir dar sequência a todos os planos e possibilidades quando for o tempo certo.
Para quem já nasceu com Mercúrio retrógrado, a fase é positiva, pois o planeta no céu está caminhando na mesma direção do momento de nascimento e então para essas pessoas cujos assuntos regidos por Mercúrio – comunicação principalmente – tendem a ser mais difíceis, tem a oportunidade de se soltar mais e sentir que tudo flui mais facilmente.
Portanto, como tudo que o céu nos apresenta, Mercúrio retrógrado pode ter suas desvantagens, mas se soubermos respeitar o que pede, pode ser muito favorável e positivo.
É um momento que está nos chamando para reflexões e mudanças profundas. Estamos sendo chamados para seguir nosso real propósito de vida e para isso precisamos estar 
mais em contato com nossa essência.
O céu está nos mostrando que muitas de nossas escolhas não têm a ver com este propósito e isso já vem sendo apontado faz algum tempo.
Agora Mercúrio retrograda neste ponto, pedindo uma reflexão muito honesta e profunda sobre o que desejamos fazer e o que é importante para nossa vida.
As reflexões deste momento devem ser feitas com a responsabilidade e com muita sinceridade. É importante não termos medo do que podemos encontrar, pois em uma fase tão intensa e com tanta necessidade de definirmos de fato quem somos e o que queremos, podemos descobrir que queremos algo bem diferente daquilo que já temos hoje e neste caso as mudanças serão extremamente necessárias. Claro que podemos descobrir que já estamos afinados com nossos objetivos e propósitos, mas mesmo neste caso talvez seja necessário alguma reflexão e um aprofundamento. De qualquer forma, é hora de refletir.
Boas reflexões!
Ao lado, segue datas em que Mercúrio se encontrará Retrógrado

sábado, 12 de março de 2011

Lua vazia ou fora de curso

O que é Lua vazia?


Conceito cuja infeliz tradução ao português adotou o nome “Lua fora de curso”, é o período em que a Lua não se relaciona com outros planetas do sistema solar até ingressar no próximo signo, e reiniciar a sua bateria de relacionamentos planetários.

O termo vazio não significa que a Lua deixe de brindar com alguma informação, mas sim que a informação oferecida é altamente subjetiva, dado ela não provir dos planetas próximos, mas dos confins do infinito.

A perspectiva de relacionamento da Lua com os planetas de nosso sistema solar promove a objetividade e a realização concreta.

A falta de perspectiva dos relacionamentos lunares com os planetas evoca a informação do vazio, profundamente subjetiva.

É por essa razão que as pessoas mais negativamente afetadas pelos períodos de Lua vazia são aquelas teimosas que insistem em fazer de conta que a parte valiosa da existência só reside na objetividade, deixando a subjetividade para as mulheres, as crianças e os poetas.

A Lua vazia é inútil para os empreendimentos concretos, mas extremamente funcional para as experiências subjetivas, onde se renda culto ao infinito universo.


       O que fazer quando a Lua estiver vazia?      
  • Convencer-se de que, ao contrário do que parece, você não é engrenagem de máquina, que possa ligar-se e desligar-se de acordo com horários estipulados arbitrariamente.
  • Convencer-se de que, participar do cosmos é, também, participar de todos seus ciclos, de fluxo e refluxo, objetividade e subjetividade, de euforia e recolhimento, submissão e liberdade, e isso só para listar os mais reconhecíveis.
  • Convencer-se de que a saúde e bem-estar físicos e emocionais dependem de alternarem-se, o mais sabiamente possível, os períodos de produção objetiva com os de recolhimento subjetivo.
  • Os períodos de Lua vazia são, eminentemente, propícios ao recolhimento subjetivo, e se acontecerem no meio da semana “útil” melhor será que você comece a considerar o descanso útil também.
  • Nenhuma instituição, governamental ou comercial, está preparada para deixar você descansar no meio do período de trabalho, pelo que fica ao critério de sua criatividade inventar uma forma de continuar fazendo parte da máquina institucional sem no entanto forçar a barra, tentando agir como se você fosse uma máquina.
  • O recolhimento subjetivo pode ser praticado por meio de inúmeras tarefas: rezar, meditar, estudar, conversar despreocupadamente, distrair-se, vigiar os pensamentos para que esses não produzam ansiedade, limpar gavetas e jogar fora papéis velhos, etc.
  • Quando num período de Lua vazia você perceber que seu nível de irritação aumenta demais, isso acontece por você teimar em querer fazer com que algo dê certo num momento inútil. Você é livre para esbaldar-se nesse fogo estúpido que é a irritação, mas isso não fará de você uma pessoa melhor, nem mais feliz.
  • Se você, inadvertidamente, tiver marcado compromissos importantes num período de Lua vazia, mais uma oportunidade para praticar a despreocupação. Cumpra a sua obrigação desapegadamente, sem esperar que ela dê resultados concretos.
  • É sábio, durante a Lua vazia, evitar dar início a atividades das quais se espere colher resultados concretos e definidos.
  • Se, durante uma Lua vazia, você desesperar, respire fundo várias vezes, pois esse estado de ânimo é artificial, só vale o quanto você acreditar nele.
  • Normalmente, é nos períodos de Lua vazia que as pessoas agridem às outras de forma gratuita pelo que, você que sabe a razão disso acontecer, evite responder à agressão, desintegrando-a com a indiferença.
  • As boas idéias que você tiver durante a Lua vazia precisam ser repensadas em outro momento para conferir a sua eficiência.
  • Confusões, esquecimentos e desentendimentos de todo tipo acontecem durante a Lua vazia, pois essas condições são formas de o cosmos informar que o período não serve para sustentar a objetividade, convidando você a retirar-se dela.
  • Boatos de todos os tipos circulam durante a Lua vazia, pois os humanos, quando nervosos, falam de diversos assuntos com a propriedade de peritos, mas só o fazem motivados pela tola ansiedade. Confundem opinião com perícia. Opinião é como boca, todo mundo tem pelo menos uma.



 http://www.astrologiareal.com.br/(ivs1gsz54rqcrvflihlbziel)/almanaque/oque.aspx

quinta-feira, 3 de março de 2011

A Santa Ceia e a Astrologia


Além de ser um dos pintores mais famosos de todos os tempos, um inventor e cientista muito à frente de seu tempo, Leonardo Da Vinci também tinha profundos conhecimentos de astrologia, que podem ser percebidos em sua obra A Última Ceia.


    Quando se fala de Leonardo Da Vinci (1452–1519) logo vem à lembrança seu mais famoso trabalho, A Mona Lisa, e o deslumbrante quadro retratando a última ceia de Cristo. Mas nós não podemos esquecer de falar sobre seus outros e múltiplos talentos. Da Vinci terminou poucos trabalhos, embora esboços e estudos sobre inúmeros outros existam aos milhares. Quando ele por fim se dispunha a pintar uma tela, trabalhava dias seguidos, durante os quais mal se alimentava. Muitas vezes sentava-se em frente à obra por um dia inteiro para acrescentar apenas três pinceladas; e, na manhã seguinte, era capaz de limpar tudo o que havia feito até então e começar de novo. Duvidamos que ele tenha chegado a considerar algum de seus trabalhos como completo. Essa exigência consigo mesmo talvez tenha sido a maior razão de tão poucas obras terem levado a sua assinatura.
    Um dos trabalhos mais importantes do Renascimento e da arte universal, A Última Ceia, foi pintado na parede do refeitório de um convento, cuja argamassa não estava adaptada para esse fim. Passados vinte anos, uma mancha de umidade criou bolor, o que alterou a pintura. Mais tarde foi aberta uma porta nessa mesma parede com a mais absoluta inconsciência. Quando os soldados de Napoleão invadiram a Itália, divertiram-se a disparar contra as figuras de Cristo e dos apóstolos. Mais tarde, gerações de restauradores adulteraram a obra. A última restauração – a que melhor respeitou o original – quase lhe devolveu a beleza primitiva. Porém, não fossem os vários esboços preliminares do próprio Da Vinci e as cópias feitas por outros artistas logo após a conclusão da obra, hoje mal poderíamos nos dar conta da perfeição com que a pintura foi concebida e executada.
Levando em consideração que Da Vinci também tinha conhecimentos de astronomia e que nessa época astronomia e astrologia eram uma única ciência, em A Última Ceia é possível perceber claramente que o artista também era profundo conhecedor da natureza astrológica do ser humano.

A Astrologia na Ceia
    Observando a pintura em detalhe, podemos perceber as seguintes relações astrológicas:
    * As linhas diagonais do quadro se cruzam no coração do Cristo;
    * O centro do círculo do arco da porta está na testa do Cristo, expressando a Luz do Mundo, a unidade e a fonte da vida, rodeada pelos 12 tipos humanos, sendo cada apóstolo um receptor das 12 forças básicas originadas pela trindade da luz e seu espectro, que formam 12 pólos e 6 eixos;
    * Quando olhamos uma mandala astrológica, consideramos os signos dispostos nela em uma ordem da esquerda para a direita. Porém, na astronomia, essa posição zodiacal aparece numa ordem contrária, da direita para a esquerda. Ou seja, um horóscopo é o espelho do universo. É a ordem contrária à que aparece no quadro;
    * No primeiro eixo temos os signos de Áries e Libra. O primeiro se mostra franco, de personalidade combativa e força na cabeça (a testa iluminada defendendo a verdade). Representado por Simão e sentado à testa da mesa, é o líder que usa a energia, a iniciativa, impondo por suas mãos qual diretiva tomar;
    * Em 180º, oposto a Áries, está Libra, representado por João. Libra é a harmonia, a justiça, e o próprio semblante de João nos mostra a beleza. João é aquele que medita e mede. Libra é o coordenador, o colaborador, simbolizado pelas mãos entrelaçadas, inclinando a cabeça para evitar o impacto da energia de Áries;
    * No segundo eixo estão os signos de Touro e Escorpião. Touro é o signo que comanda as glândulas, o signo da obediência, da fecundidade física, representado por Judas Tadeu, com cabelo rico e ondulado, mas o semblante atento, para ver de onde virá a picada. A mão se ergue num gesto de aceitar o comando de Áries, de agradar, de obedecer para realizar. Escorpião é o signo que contraria a matéria física e quer despertar as forças latentes, a vida oculta nessa matéria, para uma transformação e renovação, representadas aqui por Judas Iscariotes. Enquanto Touro aceita e executa com o gesto da mão, Escorpião enfrenta e mostra sua vontade, batendo na mesa, recuando para fixar e estudar o conjunto. Judas Iscariotes está com o saquinho de dinheiro na mão. Ele era o organizador da comunidade dos apóstolos, e se lhe foi dada essa função era porque tinha capacidade para administrar. Judas esperava que Jesus, sempre meigo e pacífico, usasse seu poder divino para comandar a revolta do povo para expulsar os romanos. Quando Jesus mostrou que não usaria seu poder para a matéria, mas para a libertação do espírito, o discípulo decidiu traí-lo e depois acabou aplicando em si mesmo o ferrão. Mas não nos esqueçamos de que sem Iscariotes não haveria a cruz, a prova da ressurreição que libertou a humanidade;
    * No terceiro eixo estão Gêmeos e Sagitário. Gêmeos é a esquerda e a direita, o movimento da vida, a formação do intelecto. É o dom da palavra, o homem comunicativo, representado por Mateus, o terceiro na ordem dos apóstolos e o repórter da vida de Cristo. Ele estende a cabeça em direção a Simão (Áries) e os braços em direção a Cristo, o que simboliza a dispersão do movimento para todos os lados. O rosto tem o biótipo esguio, correndo, falando, movimentando-se em todas as direções. Sagitário, o nono signo do zodíaco, expressa a lei da evolução na forma de animal humano em busca do Alto, representa a lei, o dogma, a religião, a filosofia e aparece representado por Pedro, o que elaborou o dogma da Igreja. Com a faca na mão direita, representa também a fera, o animal que está no homem. A parte superior inclinada sobre Judas é o ser humano em busca do avanço com o dedo apontado para o divino. É o animal humano tentando chegar a Deus;
    * O quarto eixo tem Câncer e Capricórnio. Câncer representa sensibilidade, a visão do amanhã e a conservação emocional do ontem, respeito à fé e à gratidão. Na pintura é Felipe, encantado pela fé e pela visão do Cristo, interiorizando-a pelos gestos das mãos que fazem o sinal de seu signo. Fisicamente, tem o rosto cheio e as mãos fofas, representando o “vem a mim”. Contrastando com as de Felipe estão as mãos secas de André, com juntas e ossos salientes, expressando o “longe de mim”, o homem assustado pelo dever, pelo senso de responsabilidade, pela preocupação de ter calculado e raciocinado com precisão;
    * O quinto eixo traz Leão e Aquário, sendo Leão o simbolismo do Rei, o centro, o governo, o que exerce magnetismo e disciplina sobre os vassalos. É a atração, enquanto Aquário é a irradiação. Leão rege o coração e Aquário as veias e a coluna vertebral. Se o constante pulsar entre esses dois pólos, atraindo e irradiando, falhar, não haverá vida. Leão é representado por Thiago Menor, com os braços abertos, significando que Leão atinge tudo ao seu redor, mas visa o seu próprio coração, o ponto central. Esse gesto dá a entender que ninguém pode duvidar de sua lealdade, da confiança de seu próprio poder e força. Thiago Maior é Aquário, o irmão mais velho, a irradiação, o raio da tempestade que não pode ser detida, a liberdade. Thiago Maior visualiza toda a mesa, encostado em Peixes (Bartolomeu). Ele tem sua experiência, forma sua idéia própria, mas suas mão nas costas de Pedro (Sagitário) perguntam: ”Meu irmão, o que tu achas?”;
    * O sexto e último eixo é formado por Virgem e Peixes: Thomé e Bartolomeu. Virgem é a natureza em constante movimento e Peixes simboliza a calma. Virgem é a variação da forma, a vida manifestada; Peixes é a síntese da essência da vida. Virgem é o observar, girar e aperfeiçoar. Peixes é o radar, o sentir, a perfeição. Thomé demonstra a ansiedade, a inquietação no rosto, na busca de querer aprender mais de acordo com o que vê, analisando a minúcia dos defeitos. Até diante de Jesus ele levanta o dedo, querendo averiguar e constatar. Aponta e critica o pequeno erro com a ponta do dedo, colocado diante dos próprios olhos. Bartolomeu, no pólo oposto, tem seus pés situados na luz. Sua compreensão da calma, da visão ampla por cima de toda a balbúrdia da mesa, procura sentir, imaginar, penetrar pacificamente na razão de tudo e de todos. Afasta-se da dor e da ansiedade do presente, situando-se na luz.